domingo, 27 de dezembro de 2009

Tranquilizando os animais na festa de fim de ano!



Por Virgínia Bagés, Argentina

Propus-me a conscientizar o maior número possível de pessoas sobre os danos que causamos aos animais ao usar pirotecnia, para que nas festas deste ano eles não sofram. Nas festas do ano passado tive que ver as consequências da infeliz pirotecnia: cachorros perdidos, atropelados, aturdidos e agonizando longe de seus guardiães - que nunca mais encontrarão - .Somente na província de Neuquen contei mais de 100.

Quando praticas a pirotecnia, teu cachorro, gato, cavalo sente: palpitações, taquicardia, salivação, tremores, sensação de insuficiência respiratória, falta de ar, náuseas, atordoamento, sensação de irrealidade, perda de controle, medo de morrer.

Essas alterações provocam na conduta do animal tentativas descontroladas de escapar, incentivada pelo estado de pânico, podendo durar vários minutos e em casos severos podem variar de 1 a várias horas, dependendo do tempo que dure o estímulo (barulho provocado por fogos nas festas de final de ano).

Para minimizar este sofrimento, indicamos abaixo a receita de florais da terapeuta Martha Follain:

Florais de Bach

ATENÇÃO: Quando for mandar manipular a fórmula Floral, lembre de avisar que a mesma não poderá conter CONSERVANTES, portanto, O ÁLCOOL, A GLICERINA E O VINAGRE DE MAÇÃ estarão FORA! Nesta fórmula, somente poderá entrar ÁGUA MINERAL, e, embora, nas farmácias de manipulação costumem dizer que esta fórmula só dura dois dias, NA GELADEIRA, ela durará QUINZE DIAS, com certeza! Mande fazer, em qualquer farmácia de manipulação (aquela que avia receitas):

RESCUE + CHERRY PLUM + ROCK ROSE + MIMULUS + VERVAIN + SWEET CHESTNUT

DOSAGEM
Para aves pequenas: 2 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, pode ser colocada no bebedouro;
Para aves médias: 4 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, pode ser colocada no bebedouro;
Para cães de pequeno e médio porte e gatos: 4 gotas da fórmula, 4 vezes ao dia, diretamente na boquinha;
Para cães de grande porte e gigantes: 6 gotas, 4 vezes ao dia, diretamente na boquinha de seu amigão;
Para cavalos ou animais de grande porte: 10 gotas, 4 vezes ao dia, para cada litro.

Para se ter absoluto sucesso no tratamento, é interessante que se tenha continuidade no mesmo, não esquecendo de ministrar as gotinhas regularmente. Aconselha-se a começar o tratamento, pelo menos, 5 dias antes da data comemorativa e estendê-lo até o dia 3 de janeiro, já que algumas pessoas insistem em prolongar a barulheira!

Fonte: Instituto Nina Rosa

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Você faz questão de um cão de raça? Pense duas vezes . . .

Por Sérgio Greif

É bastante comum que na busca pela companhia de animais utilizemos critérios raciais como determinante de escolha. Isso não acontece à toa, vamos à livraria para pesquisar sobre cães e os livros nos dizem qual raça é boa para apartamento, qual raça é boa para se ter com crianças, qual raça fornece bons cães de guarda . . . Os pacotes de rações para cães trazem sempre imagens de rottweilers, labradores, cocker spaniels ou dachshunds, sempre cães de raça; igualmente as propagandas de produtos voltados para esse mercado ou que utilizam cães apesar do produto não estar relacionado.

Há, portanto, um apelo para que "consumamos" cães de raça e para que, por outro lado, desprezemos cães que não sejam de raça. É verdade que esse "estigma do cão vira-lata" esteja menos forte atualmente do que estava 15-20 anos atrás, mas ele ainda persiste.

Por outro lado, tendemos a considerar errado julgar as pessoas por sua raça. Pessoas normais não escolhem, por exemplo, ter amigos brancos ou japoneses e desprezam possíveis amigos negros ou índios, apenas com base em critérios raciais. Tampouco não vemos com bons olhos publicações que tentam associar determinadas raças humanas com determinados padrões de comportamento. E mesmo que possamos definir com certa precisão nossa linhagem ancestral, não é de bom tom sustentarmos isso como indício de superioridade ou em conotação de pureza. E se isso não é bom ou certo no caso de seres humanos, também não o é em relação aos cães e outros animais.

O que são cães de raça?

Como no caso das raças humanas, não há uma sustentação científica para o conceito de raças caninas. Todos os cães pertencem à espécie Canis familiaris (ou mais recentemente Canis lupus familiaris) e descendem de lobos cinzentos (Canis lupus), que foram domesticados provavelmente há 100 mil anos. Cães são, portanto, uma subespécie de lobos cinzentos.

Do lobo para o cão há uma grande diferença, mas 100 mil anos de seleção artificial foram suficientes para que o ser humano desenvolvesse milhares de variedades de cães. Os primeiros critérios adotados pelo ser humano para a seleção de animais de companhia foram sua mansidão. Lobos muito agressivos eram difíceis de manter; por outro lado, animais mais mansos eram preteridos.

O geneticista russo Dmitri Belyaev observou, quando da domesticação de raposas, que após algumas gerações de procriação seletiva os animais se tornavam mais mansos e desenvolviam comportamentos característicos de cães domésticos que não eram expressos em raposas silvestres. Mais do que isso, algumas gerações após a domesticação esses animais passavam a apresentar orelhas moles, focinhos mais curtos, padrões distintos de pelagem e cauda erguida. Possivelmente, os genes que regulam essas características são, tanto o lobo quanto na raposa, ligados aos genes que conferem aos animais maior mansidão.

Podemos entender, por esse estudo de Belayev conduzido em poucas gerações, o que milhões de gerações fizeram ao lobo, possibilitando o surgimento de variedades de descendentes tão distintos quanto um chiwawa ou um dogue alemão. E ainda assim, todos cães domésticos.

No entanto, quando consideramos geneticamente, o conceito de raças caninas não faz sentido. O que existe sim são grupos de animais cruzados seguidamente entre si para expressar determinadas características que lhes confere visível semelhança, e algumas vezes a propensão a determinada índole. Mas é só.

Exceto por uma acentuada aparência externa, nada distingue uma raça canina de outra. Existem, obviamente, linhagens que são maiores e linhagens que são menores, linhagens mais agitadas e menos agitadas, linhagens que se morderem alguém causarão um estrago maior do que outras, até por sua força física . . . mas todas essas características podem ser encontradas também em cães chamados "sem raça definida" - SRD.

Uma pessoa que busca simplesmente um companheiro canino não precisa adquirir um guia de raças que garante que tal linhagem expressa determinado comportamento, não precisa ir a um canil adquirir um cão com pedigree por um preço que pode variam de R$ 200 a R$ 2.000, até porque amigos não se compram.

O que determina que cães são de raça?

O que determina que certo cão pertence a certa raça, que um segundo cão pertence a uma raça diferente e que um terceiro cão pertence a um grupo sem raça definida é um critério absolutamente artificial. Cães não se reconhecem a si mesmos como pertencentes a raças distintas, como ocorre no caso de raças surgidas de maneira natural. Mas se não é algo natural, de que forma os critérios raciais surgiram para cães?

Desde sua domesticação, os cães foram empregados pelo ser humano em diferentes serviços (pastoreio, boieiros, caça de pequenos e grandes animais, caça de aves aquáticas, farejadores, guarda, corrida, etc.). Mesmo sem conhecer os fundamentos da genética antes de Mendel, o ser humano sabia, por fatores empíricos, que se cruzasse cães com determinadas características e aptidões teria maior chance de encontrar essas mesmas características em suas proles.

Esse processo se acentuou ainda mais a partir do surgimento dos Kennel Clubs, no século XIX. Desde então, cães já não eram mais cruzados para fornecer cães mais aptos para realizar trabalhos, mas simplesmente como hobby, com o intuito de selecionar cães que expressassem determinadas características físicas. Para alcançar as características desejadas, valia até mesmo apelar para o endocruzamento, ou seja, o cruzamento entre irmãos, país e filhos, avôs e netos, etc.

Os Kennel Clubs criaram o sistema de registro de raças, onde das milhares de linhagens selecionadas ao longo destes 100 mil anos de domesticação e que persistiram até os dias de hoje, entre 150 e 400 variedades são hoje reconhecidas como raças (o reconhecimento de uma determinada linhagem como raça varia de Kennel Club para Kennel Club).

Uma pessoa que pegue um livro sobre raças caninas do mundo inteiro poderá identificar nas fotos determinados padrões de cães conhecidos e que nem mesmo sabia pertencerem a raças. Isso porque esse padrão racial somente é reconhecido em determinadas localidades, por determinados Kennel Clubs. Vira-latas poderiam, portanto, ser incluídos dentro de determinadas raças, ainda que não pudessem ser considerados puros, por desconhecermos sua procedência.

Apenas esses fatos já servem para demonstrar que o conceito de raças caninas não é um conceito bem fundamentado.

Consequências do repetido endocruzamento de cães

Embora a seleção artificial de cães remonte ao paleolítico, o conceito de raças caninas, que devem obedecer a determinados padrões, possui menos de 150 anos. Algumas raças atuais remontam a tempos bastante remotos, como é o caso do cão d´água português, que possivelmente já era criado pelos fenícios, o afghanhound, que remonta ao século III a.C., do Rottweiler, já utilizado pelos romanos e de tantos outros, no entanto essas raças, como dito, formaram-se a partir de diversos animais distintos que expressavam determinadas aptidões e características. Não havia uma pressão para que os cães não se misturassem com outras linhagens e endocruzamentos praticamente não ocorriam, e quando ocorriam, eram acidentais.

Mesmo sem conhecer os mecanismos da genética, o ser humano sempre soube, de maneira empírica, que o cruzamento entre irmãos ou entre pais e filhos criava uma prole mais frágil. Hoje sabemos que isso acontece porque com o endocruzamento aumenta a possibilidade de que genes raros recessivos se manifestem no organismo. Quando existe uma variabilidade genética, mesmo com a presença de genes raros deletérios na população, estes raramente se manifestam, porque a própria seleção natural cuida de eliminá-los. Mas quando a variabilidade genética é pequena, e os animais se cruzam apenas entre si, então surgem as doenças.

Podemos dizer que todos os schnauzers, poodles, dachshounds, cockers, weimaraners e bulldogs são parentes entre si. Não parentes no sentido que todos os cães são entre si, ou que todos os seres humanos são entre si. Eles são parentes em primeiro grau, no máximo em segundo grau. Um cão maltês que nasce na França é praticamente um irmão de sangue de um cão maltês que nasce no Brasil. Há pouquíssima variabilidade dentro desses grupos.

As consequências dessa baixa variabilidade genética dentro das raças caninas é a grande ocorrência de defeitos congênitos (nascimento de animais com defeitos de formação), a manifestação de doenças e a baixa longevidade.

Existem mais de 500 doenças genéticas conhecidas nos cães, todas elas associadas à baixa variabilidade genética existente dentro das raças. Raças como os poodles apresentam diversas doenças endócrinas, tumores de mama, hidrocefalia, epilepsia e outras doenças. Cockers manifestam grande incidência de cataratas, glaucomas e doenças da retina, doenças dos rins e displasia coxo-femural.

Pit bulls, rottweilers e pastores alemães também apresentam maior incidência de displasia coxo-femural. Outras doenças características do pit bull são a sarna demodécica, problemas de rompimento do ligamento cruzado e parvovirose. A parvovirose também incide com maior frequência em Rottweilers, que também sofrem com maior frequência de problemas relacionados ao complexo gastroentérico. Pastores alemães manifestam maior incidência de ataxia, epilepsia, doença de Von Willebrand (problemas de coagulação), cegueiras causadas por pannus oftálmico ou queratite superficial crônica. Labradores são acometidos por cerca de 20 doenças genéticas, entre elas displasia coxo femoral, retinal, catarata, ausência de testículo, etc.

Dachshunds apresentam alta incidência de artrite. Além disso, sua coluna longa ocasiona em maior incidência de problemas de coluna, hérnia de disco, eles são mais propensos a desenvolver problema de cálculos renais, tumores mamários e otites. Como os animais com pernas mais curtas são mais valorizados, essa característica é selecionada pelos criadores, ocasionando em animais com pernas tão curtas que acabam arrastando a barriga e as orelhas no chão. Entre os yorkshires existe maior propensão à endocardiose, hidrocefalia, diversas afecções dermatológicas, musculoesqueléticas, cânceres de testículo e de hipófise, colabamento traqueal, hiperadrenocorticismo, nefropatias e afecções urinárias diversas, várias gastroenteropatias, catarata, atrofia da retina, distrofia da córnea, conjuntivite. O pinscher, além da sarna demodécica, com frequência apresenta epilepsia, problemas cardíacos e problemas de luxação de patela (rótula), que pode até demandar uma cirurgia.

Além dessas doenças genéticas, há ainda outro problema relacionado ao cruzamento endogâmico, que é o favorecimento de características estéticas que resultam em comprometimento da vida do animal. Por exemplo, o padrão de raça estabelecido para dachshunds diz que quanto mais baixinho, melhor. Então o criador busca produzir animais que literalmente se arrastam pelo chão, pois esses são mais valorizados. É óbvio que para o animal isso resulta em péssimas condições de vida e muitos desses "salsichinhas" até evitam se locomover muito. Cães da raça rhodesian ridgeback necessitam, por padrões raciais, apresentar uma faixa saliente no dorso, e para isso que são selecionados. Essa faixa apenas se forma no animal como consequência de uma espinha bífida, portanto, selecionar animais para que apresentem essa crista nas costas é selecionar para que nasçam com esse problema. Essa crista ainda propicia que um quisto (sino dermóide) se desenvolva entre os tecidos subcutâneos e o tecido muscular, causando infecção. Nos canis comerciais, quando um rhodesian ridgeback nasce sem a crista, frequentemente ele é morto antes que a noticia se espalhe. Isso é indício de comprometimento da qualidade do plantel.

Raças como o sharpei e o mastiff napolitano apresentam como padrão racial a necessidade de apresentar pregas na pele. E quanto mais pregas melhor. Ocorre que essas pregas são regiões propensas ao acúmulo de sujeira e umidade e, como consequência, ao surgimento de dermatite, seborréia e micoses. Além disso, pregas demais limitam os movimentos do animal, além de atrapalharem sua visão. Muitas vezes são necessárias cirurgias para remover pregas da frente dos olhos. Além disso, sharpeis apresentam problemas de tireóide, problemas de pele e pelo e mal funcionamento do fígado e dos rins, o que ocasiona em dificuldade de biotransformar e eliminar toxinas do organismo. Sharpeis também com frequência apresentam mordedura prognata, ou seja, os incisivos da arcada inferior se fecham à frente dos incisivos da arcada superior.

Algumas raças de cães, como os bulldogs, o boxer, o pequinês e o pug apresentam mordedura prognata como padrão de sua raça. Em muitos casos o prognatismo é tão acentuado que, mesmo quando o cão está com a boca fechada, pode-se ver seus dentes e a língua. No padrão dessas raças também há uma valorização de animais com cabeça curta, alta e enrugada, focinho curto, enrugado e voltado para cima, com narinas amplas, o que torna sua respiração pesada e difícil. Com frequência esses animais apresentam prolapso dos olhos (olhos saltados da órbita, ou caídos) e pernas tortas. Esses animais tem maior propensão a apresentarem problemas cardíacos, com grande incidência de cânceres, problemas articulares e epilepsia.

Portanto, ao buscarmos por animais que obedecem a determinados padrões raciais estamos buscando pela expressão de características artificialmente selecionadas e que com frequência representam doenças e má qualidade de vida para o animal. Ao selecionar animais de acordo com suas características raciais, agimos como nazistas ou eugenistas, que estabeleceram padrões para a forma como seres humanos devem ser. Além disso, agindo dessa forma estamos contribuindo para toda uma cadeia de negócios fundamentada na exploração animal.

A exploração dos cães de raça


Quem pensa em cães como companheiros, melhores amigos do homem, etc., deve pensar duas vezes antes de comprar um cão em um pet shop. Cães vendidos em pet shops possuem exatamente os mesmos sentimentos que qualquer outro cão. São dóceis, companheiros e adoram a companhia humana. Porém, junto com tudo isso, ao comprar um cão o comprador adquire um certificado de linhagem (pedigree) e toda a história de sofrimento que está por trás desses animais. Animais de pet shop podem ser animais fofinhos pelo ponto de vista do comprador, mas pelo ponto de vista do produtor de animais e do vendedor, eles são apenas produtos ou mercadorias.

O objetivo de um criador de cães é o lucro e ele só alcança esse lucro se conseguir maximizar sua produção. Para que isso aconteça, ele deve fazer com que seus cães se reproduzam o máximo possível. Isso significa que cada fêmea matriz deve ter o máximo de ninhadas no menor tempo possível. Os filhotes nascidos nessas condições abastecem a "indústria dos animais de estimação".

Os canis que fornecem animais de raça para abastecer a esse mercado podem variar desde indivíduos que possuem algumas fêmeas matrizes, até grandes canis comerciais contendo dezenas, centenas de animais. Em todos os casos, quem sai perdendo são os cães. Animais são condicionados a viverem por toda a sua vida em gaiolas recebendo apenas água e alimentos, produzindo ninhada atrás de ninhada, até que sua vida reprodutiva acabe e seja ela mesma comercializada ou abandonada em algum local. Filhotes nascidos sem as características raciais consideradas dentro do padrão ou com leves imperfeições são mortos de imediato, pois a presença desses animais na ninhada compromete a imagem das matrizes. Após um breve período mínimo de amamentação esses animais são encaminhados para pet shops onde são vendidos para pessoas que mal conhecem sua história de sofrimento anterior.

Sim, a exploração de cães em canis é uma forma de exploração animal tão grave quanto qualquer outra, E não se trata realmente de fazer uma distinção entre o "bom" criador e o "mal" criador, ou de criticar o comércio de fundo de quintal e valorizar o comércio que ocorre sob supervisão de um Kennel Club ou de alguma entidade de proteção animal. A criação de cães de raça é em si um erro, porque ela produz animais que em verdade só existem para atender à futilidade e aos padrões de estética que nós estipulamos. Seres humanos que de fato gostam de cães não fazem distinção entre cães de raça e cães sem raça definida.

Quem deseja um amigo de verdade . . .

Uma pessoa que realmente deseja ter um cão como amigo, e não como um produto, uma mercadoria, não faz distinção entre um cão de raça e um cão sem raça definida. Os cães são sinceros em sua amizade para conosco, eles não fazem julgamentos se somos brancos ou negros, altos ou baixos, milionários ou mendigos, perfeitos ou deficientes, cabeludos ou carecas . . . eles nos aceitam como somos porque seu amor é desinteressado.

Para que nossa parte da amizade possa ser tão sincera quanto o é a parte deles, precisamos ser tão desinteressados quanto eles mesmos. Ter amizade é querer o bem. Queremos que nossos amigos vivam muito, sejam saudáveis . . . não que tenham pedigrees e doenças genéticas, ou que satisfaçam nosso ego e sejam abandonados quando enjoarmos deles. Queremos que nossos amigos sejam criaturas que vivam conosco porque nos adotamos mutuamente e porque precisamos deles tanto quanto eles precisam de nós.

Amigos não se compram. Se adquirimos nossos amigos de estabelecimentos que lucraram com sua exploração, nossa parte da amizade não é sincera. Amigos não tem beleza ou feiúra. Se escolhemos nossos amigos com base em características estéticas não são amigos o que procuramos. Amigos não são feitos em formas, não obedecem, a padrões, não tem raça. Eles vem do jeito que vierem e nós os amamos. Um cão em nossa casa é companhia garantida. Alegria não de possuir um bem, mas de manter um amigo, compartilhar nossa vida com alguém por muitos anos.

Fonte: Olhar Animal

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Fazendas de criação de filhotes são responsáveis por abandono e morte de animais na Austrália.

Por Adriane R. de O. Grey

No dia 1o de dezembro, a Rádio Nacional ABC [Australian Broadcast Corporation], apresentou um programa sobre as puppy farms, as fazendas produtoras de filhotes em massa da Austrália.

Produzido e apresentado por Hagar Cohen, o programa entrevistou veterinários, ativistas pelos direitos dos animais e empresários da indústria pet, como proprietários de fazendas, criadores menores de filhotes e donos de pet shops, com o objetivo de compor um panorama verdadeiro de como se constitui e funciona este mercado.


Animais são explorados para a reprodução e posterior comercialização dos filhotes (Foto: Reprodução/Pet Rescue)

A Austrália tem a maior taxa de animais de estimação per capita do mundo, fato que, evidentemente, mostra a relevância desses animais na sua sociedade. Dever-se-ia, logicamente, esperar que o respeito e o amor por este seres e suas vidas fosse um sentimento predominante entre os australianos. No entanto, a realidade é diversa e muito mais triste do que gostaríamos de testemunhar. Apenas no estado de Nova Gales do Sul [New South Wales], mais de 63 mil animais de estimação são mortos em abrigos e CCZs por ano. Um animal a cada 4 minutos é morto na Austrália. Este número exclui animais abandonados em parques nacionais ou mortos a tiros por tutores que não querem pagar as taxas de entrega dos animais aos CCZs. Exclui igualmente animais que são salvos do abandono por protetores independentes que os recolhem e reencaminham a novos lares.


As organizações de proteção animal vêm afirmado insistentemente ao longo dos anos que o número de animais abandonados e mortos está diretamente relacionado à venda descontrolada de filhotes em pet shops e à criação em massa de cães e gatos. Elas explicam que os animais são comprados por impulso quando ainda pequenos, escolhidos em vitrines, em anúncios classificados baratos, ou pela internet, sem a preparação devida do “consumidor” para arcar com os custos e as responsabilidades envolvidos na tutela de um bichinho de estimação, ou para lidar com o comportamento diário do animalzinho que adquiriram, o que resulta em milhares de cães e gatos descartados anualmente.

A época do Natal é uma das que mais preocupam as organizações protetoras de animais australianas, porque é nela que os números de animais abandonados aumentam drasticamente nos abrigos e CCZs. A primeira razão é porque muitos “tutores” querem tirar férias, e abandonar seu bichinho é a maneira mais fácil e rápida de resolver o que fazer com ele. A segunda razão é o consumo natalino impulsivo, que leva as pessoas a comprarem para si ou para outrem um animal de estimação com a ideia muito próxima de estarem adquirindo um bicho de pelúcia, pequeninho e fofinho. Porém, quando o suposto bicho de pelúcia já não é nem tão pequeninho nem tão fofinho e começa a crescer, latir, coçar-se, soltar pelos pela casa, ficar entediado e precisar de exercício, quando precisa ser vacinado e microchipado e, acima de tudo, quando requer tempo, atenção e dedicação do seu tutor, este tutor muda de ideia quanto à sua “compra” e resolve “livrar-se” daquele que um dia foi uma novidade divertida e bonitinha e que agora é visto como uma “incoveniência”, como se este animalzinho fosse mera mercadoria, um objeto inanimado com o qual se perdeu a graça brincar. O animal de estimação é, então, jogado fora, com o mais completo descaso por sua vida, seus sentimentos, seus medos, tão mais parecidos com os nossos do que muitos se propõem a imaginar.



Na Austrália, os animais mais procurados para compra são aqueles chamados animais de design, ou seja, filhotes resultantes de cruzamento de raças diferentes, como o labradoodle, considerado uma “invenção” australiana, que consiste na cruza de labrador com poodle, ou o moodle, cruza de maltês com poodle.

Debra Tranter, uma integrante da Animal Liberation do estado de Victoria, acompanha a atividade de 12 fazendas de criação de filhotes naquele estado há 17 anos. Em seu blog, http://www.govegan.com.au/puppies/, Debra publica imagens e vídeos destes locais, registrados por ela e outros membros da AL ou por pessoas que, ao visitarem estas fazendas, revoltam-se com o que veem e, passando a simpatizar com a luta de Tranter, fornecem-lhe este material. Debra já conseguiu alguma repercussão de suas investigações na mídia bem como manchetes em jornais, mas o poder público local, do município de Wellington [Wellington Shire], não recebe suas denúncias com simpatia e nas raras vezes que lhe dá retorno, oferece-lhe sempre uma resposta inacreditavelmente grosseira. Uma das pessoas que acessaram as informações fornecidas por Debra e que escreveram ao poder público municipal protestando contra as fazendas de filhotes recebeu como resposta de um vereador a seguinte mensagem: “engatinhe de volta à sua gaiola e siga odiando a vida. A maioria das pessoas quer aproveitá-la. Se eu tivesse seu endereço, mandaria a você um filhote de cachorro para você acariciar.” O dito vereador deveria saber que aproveitar a vida não é um direito exclusivo de pessoas, mas de todos os seres, inclusive das fêmeas que vivem encarceradas até a morte em gaiolas de criadores e de seus filhotes de sorte incerta.

As fazendas de criação de filhotes têm centenas de animais e muitas delas apresentam condições precárias. Como confirma a Sociedade Real para a Prevenção contra a Crueldade a Animais, [RSPCA ‒ Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals] muitas fazendas mantêm os animais e seus filhotes em gaiolas de arame por tempo integral, nas quais eles, obviamente, sequer podem descansar ou dormir apropriadamente. Um grande número de fazendas tem débeis condições de higiene e os animais vivem em meio às próprias fezes e urina. Infecções nos olhos, ouvidos e pele são extremamente comuns como também infecções intermitentes do trato urinário. As fezes disseminam a parvovirose, comum entre os filhotes. Nestes lugares, as fêmeas começam a procriar aos 6 meses de idade e, desde então, fazem-no ininterruptamente até que cesse sua capacidade reprodutiva. “E o que acontece com estes animais que não podem mais ser usados na produção de filhotes? Há um encaminhamento para adoção?”, perguntou Hagar Cohen a Meg Dobson, de Gippsland, Victoria, que gerenciou uma fazenda de filhotes de 1995 a 2005. Ela respondeu titubeante: “Eu não gosto de falar nisso. Tenta-se achar um lar para os animais, mas isso é muito difícil. A maioria dos animais que não servem mais ao propósito industrial é eliminada. Noventa por cento são mortos a tiros.” Cada cãozinho ou gatinho fofinho e engraçadinho que se vê em vitrines de pet shops é resultado de todo este sofrimento.


A legislação nos estados australianos não é criteriosa e, mesmo quando é um pouco mais adequada às necessidades e direitos dos animais, não há, por parte das autoridades, uma supervisão regular das condições das fazendas produtoras de filhotes. Também não há garantias de que fazendas que tenham seus animais recolhidos pela RSPCA por falta de condições apropriadas não voltem mais a vender filhotes imediatamente após uma interdição. Muitas vezes a RSPCA recolhe os animais de fazendas irregulares e estas adquirem novos animais imediatamente após o resgate ter sido efetuado. O desprezo pela vida dos animais é imensurável e a RSPCA exemplifica este fato por meio do caso de uma fazenda em Victoria que foi fechada definitivamente e cujos cães foram em seguida vendidos a uma outra fazenda.

Os próprios criadores admitem que é fácil não seguir as leis, e muitos dos que seguem o fazem apenas dentro do patamar mínimo necessário para se manterem operantes, algo muito distante do que se consideraria decente para as condições de vida dos animais. A verdade é que, sob a legislação atual, ser criador creditado não significa muito.

Neste cenário complacente e vergonhoso, a fiscalização fica para as associações de proteção animal, muito especialmente para os membros da Animal Liberation, que camuflados de compradores ou trabalhadores produzem vídeos investigativos e material fotográfico para divulgação em seus sites e blogs, e, tanto quanto possível, na mídia.

Uma das maiores preocupações da AL é descobrir a rota comercial percorrida pelos filhotes, o que, até então, é um mistério. As fazendas não revelam quem são seus clientes e os pet shops não declaram os nomes de seus fornecedores, embora ambos insistam em afirmar terem parceiros fidedignos. Sabe-se que filhotes são vendidos para a Malásia e para Singapura. Sabe-se também que negociações interestaduais são comuns, bem como a compra e venda de filhotes entre os pet shops.

Uma vez nas lojas, os animais precisam ser vendidos rapidamente. Como os filhotes devem ser submetidos a inspeções veterinárias a cada 4 semanas, os pet shops tentam livrar-se deles antes de completarem 12 semanas, para que possam economizar o valor de uma inspeção. Além disso, segundo afirmou uma empregada de uma loja que não se identificou na entrevista a Cohen, os filhotes já não são mais tão engraçadinhos quando começam a crescer, o que pressiona os pet shops a buscarem uma venda rápida, quase desesperada, e sem nenhum dos critérios estabelecidos ‒ mas raramente executados ‒ pela legislação.

O conceito do que seria um pet shop creditado é vago até para os empresários do ramo. Ao ser entrevistado por Hagar Cohen, Bob Croucher, diretor da Associação da Indústria Pet, não soube responder o que este conceito significaria concretamente. Croucher afirmou, no entanto, que não acredita em compra de animais domésticos por impulso e que seus atendentes são rigorosamente treinados para orientarem o cliente quanto a uma aquisição consciente. Um membro da AL foi até uma das lojas de Croucher para testar sua informação e não encontrou nenhum obstáculo à aquisição do animal. O ativista da AL conversou com o vendedor por apenas 15 minutos e só não efetivou a negociação porque saiu da loja com a desculpa de ir ao banco para retirar o dinheiro para a compra. Ao ser perguntado sobre este episódio, Croucher teve a insolência de dizer que o cliente seria entrevistado devidamente quando voltasse com o dinheiro, quando, então, receberia também as informações sobre guarda responsável.

Como os criadores de filhotes que foram entrevistados, Croucher afirma que os animais descartados em abrigos e CCZs não vêm de sua empresa. Muitos empresários da indústria pet isentam-se de responsabilidade pondo a culpa do abandono tanto no mercado negro de filhotes quanto na irresponsabilidade dos tutores. Estes útlimos descartariam seu animal de estimação na tentativa de livrarem-se de uma situação incoveniente para si. Tal afirmação não deixa de ser verdadeira, mas não exime de responsabilidade a atividade gananciosa dos criadores e vendedores de filhotes, causadora do nascimento de centenas de animais, enquanto milhares de outros aguardam por um lar salvador no que na Austrália chama-se “corredor da morte”.

Chocada com esta realidade e procurando uma solução para esta situação vergonhosa e cruel, a prefeita de Sydney e representante deste município como membro independente na Assembleia Legislativa de Nova Gales do Sul [New South Wales Parliament House], apresentou um projeto de lei originalmente elaborado em 2007 e reformulado em 2008 que baniria a venda de animais em pet shops e feiras e que se alinharia com algumas práticas europeias, em que a publicidade para a venda de animais domésticos limitar-se-ia a abrigos e CCZs e a criadores responsáveis e devidamente credenciados. Indo além, o projeto de lei de Ms. Moore propunha que a venda só poderia ser efetivada diante do fornecimento de informações específicas e consistentes sobre cuidados com o animal, custos de manutenção e guarda responsável. (http://www.anda.jor.br/?p=8574)

No dia 22 de outubro último, o projeto de lei de Ms. Moore foi votado na Assembleia Legislativa. Diante de 60 ativistas e simpatizantes dos direitos dos animais, os parlamentares, especialmente os membros da bancada governista, do Partido Australiano dos Trabalhadores [Australian Labor Party], opuseram-se à proposta de Clover Moore enquanto vergonhosamente regurgitavam o discurso da indústria pet e as críticas que já haviam sido feitas ao projeto de lei apresentado em 2007, desconsiderando as reflexões feitas a partir destas críticas e as modificações realizadas no projeto que foi apresentado em 2008. A profundidade do discurso dos oponentes de Ms. Moore por diversas vezes não foi além de comentários pessoais e patéticos sobre os animais de estimação dos parlamentares. Jamais entraram no mérito do real sofrimento e exploração dos animais usados nas fazendas de criação de filhotes, jamais efetivamente focalizaram ou debateram o que estava verdadeiramente em questão. Quando o primeiro parlamentar que se pronunciou na audiência, Paul McLeay, de Heathcote, membro do Partido Australiano dos Trabalhadores, afirmou que um dos pontos mais altos da programação de seu final de semana com a família era olhar filhotes nas vitrines de pet shops locais porque seus filhos adoravam observar os animais à venda, tristemente se anunciou aos presentes o nível da seriedade do debate que estaria por vir. (http://www.parliament.nsw.gov.au/prod/parlment/nswbills.nsf/d2117e6bba4ab3ebca256e68000a0ae2/52719770bab2bda3ca2574ff0017d529!OpenDocument)

A oposição fez uma tentativa de estabelecer uma comissão para debater a questão dos direitos dos animais domésticos e suas condições de vida no estado de Nova Gales do Sul, mas o partido governista sequer aceitou esta proposição.
Por Adriane R. de O. Grey

O projeto de lei foi vetado, mas não é pública a informação de quantos parlamentares votaram a favor e quantos votaram contra a proposta de Clover Moore. Apenas se sabe que três deputados, Ms. Clover Moore, Mrs. Dawn Fardell e Mr. Greg Piper, todos independentes, requereram a recontagem de votos, rejeitada pela maioria.

Uma lástima. Nas palavras de Ms. Moore, “ao invés de aproveitar a oportunidade para mostrar compaixão e tratar animais de estimação como seres vivos sencientes que não podem ser produzidos e descartados, a Assembleia Legislativa demonstrou durante o debate sobre meu projeto de lei como está desconectada da sua comunidade e das melhores políticas de bem-estar animal existentes no mundo”.

Há muito o que lamentar, mas há igualmente que se alegrar pelo fato de que a proposta de Ms. Moore escancarou na sociedade australiana uma realidade até então sequer imaginada pelo cidadão comum e causou e continua causando debates, questionamentos, polêmicas sobre um assunto cuja gravidade a maioria das pessoas jamais suspeitara. A questão da produção de filhotes é hoje uma discussão viva e acalorada na Austrália, e os criadores e vendedores de animais domésticos sabem que estão sendo observados de perto, assim como o sabem os parlamentares de Nova Gales do Sul.

Fonte: http://www.anda.jor.br/?p=37198

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

REPÚDIO A SEMANA DO FOIE GRAS EM SP!



Conforme divulgado no dia 07/12, no Jornal Folha de São Paulo (Caderno Folha Ilustrada, página E3) e também no site da La Brasserie Erick Jacquin (http://www.brasserie.com.br/promocao/promo_foie-gras.html), esta casa está promovendo a partir de hoje a SEMANA DO FOIE-GRAS.

Um dos exemplos mais bizarros e desumanos de violência contra os animais é a produção do foie gras ou patê de fígado de ganso. Anualmente, 10 milhões de gansos e patos são mortos para a produção de quase 17 mil toneladas de foie gras.

O processo se resume a tortura! Os animais são confinados nos criadouros em espaços pequenos para que não consigam se movimentar e, conseqüentemente, não gastarem energia desnecessariamente. Numa área de dois metros quadrados são confinados até 12 animais.

Como eles se alimentam? Nada naturalmente. Se você está pensando em algo como ciscar, você está, infelizmente, muito enganado.


O criador prende a ave entre as pernas e, esticando seu pescoço, enfia um grosso tubo de metal por sua garganta. Esse tubo tem, em média, 30 centímetros de comprimento. Em seguida, um motor bombeia uma mistura de milho e gordura diretamente no estomago do animal. Um anel de borracha amarrado no pescoço impede que a ave vomite.


Esse processo é repetido de 3 a 5 vezes ao dia, fazendo com que a ave consuma cerca de 3 quilos de ração por dia. Com essa alimentação excessiva e desequilibrada o animal desenvolve problemas cardíacos e disfunções intestinais. Após 3 ou 4 semanas, os “sobreviventes” são abatidos.

O que se vê, então, são órgãos deformados. O fígado de um animal sadio pesa cerca de 120 gramas. O do animal tratado dessa maneira chega a 1200 gramas, dez vezes mais que o normal!

Foie gras

E é esse fígado doente, com mais do que o dobro de gordura de um hambúrguer comum, que as pessoas comem com satisfação em requintados restaurantes.

Fonte: www.ninarosa.org

FÉRIAS E ABANDONO!

O abandono de animais cresce a cada dia principalmente quando as férias chegam. Pessoas irresponsáveis e sem nenhum sentimento, a não ser o egoísmo e maldade, viajam e abandonam seus animais nas ruas, clínicas veterinárias, zoológicos e abrigos de animais( que já sofrem lotação ). É incrível a capacidade de desapego dessas pessoas que largam seus amigos que dariam a vida por elas. Esses bichinhos como nós, sentem saudades e muitos passam o resto de suas vidas esperando pela família. Animais não são objetos,não os abandone!
Existem várias hospedagens para cães e gatos que cuidam dos bichinhos enquanto os donos viajam. Se não puder pagar uma hospedagem, procure algum parente ou amigo que possa cuidar dele.
Se nenhuma dessas alternativas estão ao seu alcance, pense antes de levar uma vida para a sua casa, afinal eles vivem em media dez anos, e durante todo esse tempo te darão amor fiel e muito carinho. Será que vale a pena trocar tudo isso por uma viagem? Se para você vale, o que tem no lugar desse coração?

MEDALHA ANJO DA GUARDA!

Todos os dias vários cães e gatos se perdem de seus donos e ficam abandonados nas ruas.
A medalha anjo da guarda ajuda a encontrar seu amigo, caso ele se perca!



http://www.bayerpet.com.br/anjo_da_guarda/

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

SHOW PELOS ANIMAIS E PELO PLANETA 13/12 EM SP!


Grandes artistas brasileiros se reúnem para
cantar em defesa dos animais e do planeta
1º Concerto do gênero no Brasil - 13/12
A ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais) - www.anda.jor.br – realizará um show gratuito para sensibilizar as pessoas em relação aos direitos animais e à preservação do planeta, no próximo dia 13 de dezembro, no Parque da Independência (Museu do Ipiranga), a partir das 11h.
Grandes nomes da música brasileira, como: Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Fernanda Porto, Projeto Pequeno Cidadão, Palavra Cantada, Banda Stevens, Robson Miguel, Fernando Anitelli, Gabriela Veiga, Galdino Octupus e Willians Marques (Teatro Mágico) já estão confirmados. A atriz Gabriela Duarte também estará presente para chamar a atenção sobre a necessidade de mudarmos nossas atitudes.
O concerto “ANDA – Música e Consciência – Pelos animais, pelo Planeta” terá seis horas de duração e pretende disseminar por meio da música e dos artistas a importância de vivermos em harmonia, respeitando a vida.
Será o primeiro show no Brasil com a proposta de levar uma mensagem de convivência pacífica e ética com todos os seres. Os artistas dão um exemplo de consciência ao se reunirem para cantar e se apresentar sem cachê. Todo o evento foi construído com colaborações voluntárias.
O show está na agenda de São Paulo para o Encontro de Copenhague (Representantes de cerca de 200 países estarão na Dinamarca entre os próximos dias 7 e 18 de dezembro para a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).
O evento terá como mestres de cerimônia as atrizes Paula Ribas e Sttella Gulo Baster.

Ativistas se manifestam contra a carne!

Na véspera de Copenhague, ativistas se manifestam em SP contra carne.

Cerca de 150 ativistas realizaram uma manifestação na av. Paulista, neste domingo (6), na véspera do início da conferência do clima de Copenhague. Eles propunham o veganismo, abstenção de todo tipo de produto derivado de animais, como carne e leite, como solução para o problema do aquecimento global.
Os manifestantes divulgavam o relatório "A Grande Sombra da Pecuária", feito pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO/ONU), que relatava que o gado é responsável por cerca de 18% do aquecimento global, uma contribuição maior que a do setor de transportes, de cerca de 15%.
Eles levavam balões simbolizando os gases metano e CO2, emitidos pela atividade pecuarista, e distribuíram 7 mil panfletos. Havia também uma fantasia simulando uma vaca, similar a usada na festa de bumba meu boi.

Também ressaltam que a maior parte do desmatamento da Amazônia é devido à pecuária, seja para a plantação de soja para alimentar o gado no exterior ou para a criação direta dos animais no pasto.
Com início às 10h30 para panfletagem, a passeata foi das 13h às 14h30. O evento fechou duas pistas da avenida, com apoio da Polícia Militar.
Os manifestantes também chamaram a atenção para o Dia Internacional dos Direitos Animais, comemorado na quinta-feira (10). "Todos os animais têm o direito à vida e à liberdade, livres da exploração humana", diz comunicado do grupo Veddas (Vegetarianismo, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade), organizador do ato.
"Ao tomarmos suas vidas para servirem aos interesses da nossa espécie, confinando-os e privando-os de todas as suas necessidades, desde as mais básicas, estamos destruindo não somente as suas vidas, mas também a nossa própria possibilidade de sobrevivência nesse planeta", completavam.

Fonte: Sentiens Defesa Animal

domingo, 6 de dezembro de 2009

Abate Humanitário

Por Sérgio Greif

O que nos querem dizer quando falam em abate humanitário?

De acordo com certa definição, abate humanitário é o conjunto de procedimentos que garantem o bem-estar dos animais que serão abatidos, desde o embarque na propriedade rural até a operação de sangria no matadouro-frigorífico.


Humanitário . . . bem-estar . . . palavras muito fortes e que não refletem o que realmente querem dizer. Termos como “humanitário” e “bem-estar” deveriam ser aplicados apenas nos casos em que buscamos o bem do indivíduo, e não para as situações em que procuramos matá-lo de alguma forma.

Quando enviamos ajuda humanitária à Africa não estamos enviando recursos para que os africanos possam se matar de uma forma mais rápida e menos dolorosa. Não estamos pensando: “Bem, aquele continente vive na miséria, cheio de fome, doenças e guerras, vamos resolver isso matando-os”. Ajuda humanitária significa alimentos, água, remédios, cobertores . . . intervenções realmente em benefício daqueles indivíduos.

Quando falamos em bem-estar social, bem-estar do idoso, bem-estar da criança, não estamos pensando em outra coisa senão proporcionar o bem a essas pessoas. Jamais pensamos em métodos de matá-los com menos sofrimento, porque isso seria o contrário de bem-estar, seria o contrário do que consideramos humanitário.

Por isso, quando escutamos alguém falar em “abate humanitário”, isso soa como um contra senso. A primeira palavra representa algo que vai contra os interesses do indivíduo e a segunda encerra um significado que atende aos seus interesses. Igualmente, a idéia de “bem-estar de animais de produção” é um contra senso, pois a preocupação com o bem-estar implica em preocupar-se com a vida, e não visar sua morte ou exploração de alguma forma.



Essas duas idéias - abate e humanitário - só se harmonizam quando a morte do animal atende aos seus próprios interesses, como no caso em que o animal padece de uma enfermidade grave e incurável e a continuidade de sua vida representa um sofrimento. Nesses casos, a eutanásia, dar fim a uma vida seguindo uma técnica menos dolorosa, pode ser classificada como humanitária, e uma preocupação com o bem-estar.

As organizações e campanhas que pregam pelo abate humanitário alegam que esse é um modo de evitar o sofrimento desnecessário dos animais que precisam ser abatidos. Mas o que é o “sofrimento necessário” e o que diz que animais “precisam ser abatidos”?

O abate de animais para consumo não é, de forma alguma, uma necessidade. As pessoas podem até comer carne porque querem, porque gostam ou porque sentem ser necessário, mas ninguém pode alegar que isso seja uma necessidade orgânica do ser humano.

Porém, se comer carne é hoje uma opção, não comê-la também o é. Se uma pessoa sinceramente sente que animais não devem sofrer para servir de alimento para os seres humanos, seria mais lógico que essa pessoa adotasse o vegetarianismo, ao invés de ficar inventando subterfúgios para continuar comendo animais sob a alegação de que esses não sofreram.


A insensibilização que antecede o abate não assegura que o processo todo seja livre de crueldades, especialmente porque o sofrimento não pode ser quantificado com base em contusões e mugidos de dor. Qualquer que seja o método, os animais perdem a vida e isso por si só já é cruel.



Caso todo o problema inerente ao abate de uma criatura sensível se resumisse à dor perceptível, matar um ser humano por essa mesma técnica não deveria ser considerado um crime. Caso o conceito de abate humanitário fizesse sentido, atordoar um ser humano com uma marretada na cabeça antes de sangrá-lo e desmembrá-lo não seria um crime, menos ainda matá-lo com um tiro certeiro na cabeça.

Está claro que a idéia de abate humanitário não cabe, e nem atende aos interesses dos animais. Mas se não atende aos interesses dos animais, ao interesse de quem ele atende?

A questão é bastante complexa, porque envolve ideologias, forças do mercado, psicologia do consumidor e política, entre outros assuntos. O conceito de abate humanitário atende aos interesses de diferentes grupos (pecuaristas, grupos auto-intitulados “protetores de animais”, políticos, etc.) não necessariamente integrados entre si.

Pecuaristas tem interesse no chamado abate humanitário porque ele não implica em gastos para o produtor, mas investimentos que se revertem em lucros. A carne de animais abatidos “humanitariamente” tem um valor agregado. O consumidor paga um preço diferenciado por acreditar que está consumindo um produto diferenciado. Possuir um selo de “humanidade” em sua carne significa acesso a mercados mais exigentes, como o europeu. Além disso, verificou-se cientificamente que o manejo menos truculento dos animais reflete positivamente na qualidade do produto final, portanto, mudanças nesse manejo atendem aos interesses do pecuarista pois melhoram a produção e agregam ao produto.


Os chamados protetores de animais tem interesses no abate humanitário, mas não porque este é condizente com o interesse dos animais. Em verdade esses “protetores“ não se preocupam com animais, talvez sim com cães e gatos, mas não com animais ditos “de produção”. Esses “protetores de animais” não os protegem, eles os criam, depois os matam e depois os comem. Eles podem não criá-los nem matá-los, mas certamente os comem e mesmo quando não o fazem por algum motivo, não se opõe a que outros o façam.

“Protetores de animais” lucram com o conceito de abate humanitário, pois isso lhes rende a possibilidade de fazerem parte do mercado. Há entidades de “proteção” animal que se especializaram em matar animais. Sob a pretensão de estarem ajudando aos animais, elas mantém fazendas-modelo onde pecuaristas podem aprender de que forma melhorar sua produção de carne, leite e ovos e de que forma matar animais de uma maneira mais aceitável pelo ponto de vista do consumidor comum. Podem também lucrar servindo como consultores em frigoríficos.

Simultaneamente, essas entidades fazem propaganda no sentido de convencer o consumidor de que todo o problema relacionado ao consumo de carne encontra-se na procedência da carne, na forma como os animais são mortos, e não no fato de que eles são mortos em si. A fórmula é muito bem sucedida, pois essas entidades acabam gozando de bom prestígio entre pecuaristas e consumidores comuns, não se opondo a quase ninguém. Políticos vêem na aliança com essas entidades a certeza de reeleição, e por isso elas contam também com seu apoio.

Exercendo seu poder para educar as pessoas ao “consumo responsável” de carne, essas entidades não pedem que as pessoas façam nada diferente do que já faziam. Elas não propõe uma mudança de fato em favor dos animais, pois os padrões de consumo da população mantêm-se os mesmos e os animais continuam a ser explorados. A diferença está no fato de que essas campanhas colocam a entidade em evidência. A entidade se promove, deixando a impressão de que ela faz algo de realmente importante em nome de uma boa causa. Dessa forma as pessoas realizam doações e manifestam seu apoio, ainda que sem saberem ao certo o que estão apoiando.

Com a carne abatida de forma “humanitária”, o consumidor se sente mais a vontade para continuar consumindo carne, pois o incômodo gerado pela idéia de que é errado matar animais para comer é encobrida pela idéia de que, naqueles casos, os animais não sofreram para morrer. E o pecuarista lucra mais porque pode cobrar um preço maior por seus produtos, bem como colocar seus produtos em mercados mais exigentes.

De toda forma, os interesses desses grupos não coincide com os interesses dos animais, e por esse motivo não faz sentido que esses grupos utilizem nomenclaturas tais como como 'bem-estar' e 'humanitário', que podem vir a dar essa impressão.



Entidades que promovem o abate humanitário não protegem animais, mas sim promovem sua exploração. Elas estão alinhadas com os setores produtivos, que exploram os animais e não com os animais. Se elas protegessem animais trabalhariam pelo melhor de seus interesses. Seriam eles mesmos vegetarianos e não consumidores de carne. No entanto, adotando sua postura e sua retórica, não desagradam a praticamente ninguém, e dessa maneira enriquecem e ganham influência.

Entidades que realmente promovem o bem dos animais se esforçam em ensinar às pessoas que animais jamais devem ser usados para atender às nossas vontades. Elas devem se posicionar de forma clara a mostrar que comer animais não é uma opção ética, e que não importa que métodos utilizemos de criação e abate, isso não mudará a realidade de que animais não são produtos e que o problema de sua exploração não se limita à forma como o fazemos.

Ainda que uma campanha pelo vegetarianismo provavelmente conte com menos popularidade e menor adesão da população, até porque isso demanda uma mudança verdadeira na vida das pessoas, certamente uma campanha nesse sentido atende ao interesse real dos animais.


Ainda que reconhecendo que abater animais com menos crueldade é menos ruim do que abatê-los com mais crueldade, repudiamos que o abate que envolve menor crueldade seja objeto de incentivo. Eles não deveriam ser incentivados, premiados, promovidos ou elogiados, porque um pouco menos cruel não é sinônimo de sem crueldade, e só porque é um pouco mais controlado não quer dizer que é certo ou correto.

Sérgio Greif, Biólogo, mestre em Alimentos e Nutrição, co-autor do livro "A Verdadeira Face da Experimentação Animal: A sua saúde em perigo" e autor de "Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação: pela ciência responsável".

Fonte: Pensata Animal

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Protetor de animais de SP passando por muitas dificuldades!

Marcelo, mais conhecido como "Anjo dos Animais", começou na proteção animal aos 9 anos de idade, deixava as brincadeiras de criança de lado para ajudar animais abandonados.

Desde 2000 ele batalha castrações para os animais na Favela do Sapo (Jardim Peri – zona Norte de São Paulo), participa de multirões, pedindo ajuda para um ou outro,faz os primeiros socorros, leva ao veterinário (pedindo favores, muitas vezes implorando por ajuda), vermífuga, distribui a pouca ração que ganha, leva-os para feirinhas de doação, e ainda arruma tempo para recolher os animais descartados dos canis da região (aqueles que não servem mais para procriar) e que seriam abandonados a própria sorte.

A casa de marcelo, que também abriga os cães que ele resgata está prestes a desabar morro abaixo!


Protetores se uniram econseguiram arrecadar R$ 20.000 para o menino comprar uma casinha segura, porém essa quantia não é o suficiente.

A situação está tão séria e grave ,ele precisasair do local o mais rápido possível, afinal, são diversos os animais que estão sob sua responsabilidade também.

Quem puder ajudar de alguma forma, favor entrar em contato com o Marcelo pelo tel:(11)3989-6261 ou Cristina (11)2605-7156 ou (11)7462-6898

Cientistas criam carne de porco artificial

Um grupo de cientistas holandeses conseguiu pela primeira vez cultivar carne de porco em laboratório a partir das células de um animal vivo. Ainda que até o momento ninguém tenha consumido, os cientistas acreditam que pode ser lançado no mercado em cinco anos.
A comercialização do produto traz benefícios ao meio ambiente, com a redução da emissão de metano proveniente das criações de porcos, além de contribuir para o fim do sacrifício dos animais, já que, segundo os cientistas, com as células de um porco é possível obter tanta quantidade de carne como a que proporciona a matança de milhares de porcos.


Os cientistas extraíram células de um animal vivo, chamadas mioblastos, e as colocaram em cultivo para aumentar seu crescimento em uma placa de Petri. As células se multiplicaram e criaram um tecido muscular. Agora, a equipe busca a fórmula para desenvolver artificialmente este músculo e conseguir um produto mais denso, com melhor textura, parecido com um filé ou um embutido.

O produto, patrocinado pelo governo holandês e um fabricante de salsichas, se baseia na criação de um filé de pescado artificial, obtido das células de peixes, em Nova York. Mark Post, professor de fisiologia da Universidade de Eindhoven, acredita que a carne de laboratório “trará benefícios ao meio ambiente e acabará com o sofrimento dos animais. Se parecer carne, as pessoas comprarão”. Tentarão fazer o mesmo com a carne de frango, vaca e carneiro.

A carne artificial foi bem recebida por organizações de proteção aos animais como PETA, que não colocam nenhuma “objeção ética”, enquanto não envolve a morte de nenhum animal. As associações vegetarianas questionam se podem confiar na garantia de que realmente a carne é artificial e não tem nenhum componente de um animal morto.



Fonte: http://luisa.mell.blog.uol.com.br/

Lindos cãezinhos doados pela protetora Helô!

Mais uma vez estou colocando fotos de pessoas que são exemplo de bondade, pois não compram seus amigos, adotam! Sempre que tiver a oportunidade deixarei registrado essa atitude que sempre vou admirar muito!
Não é porque não são de raça pura ou porque não foram comprados que irão amar menos, muito pelo contrário, a gratidão e o amor são muito maiores e eternos!

RAMBO - o menor dos filhotes de Pedro do Rio, foi adotado pela família de Márcia, aqui na foto tbm representada pelos seus pais, família grande, casa grande onde ele se sentiu logo em casa. Foi morar no Rio. Na foto a cadelinha no colo da senhora é a Marina, no caminho para seu lar

MARINA - uma das filhotas do Fonseca, a maior delas, foi adotada pela família de Jussara, aqui seus pais na foto receberam a menina que agora se chama Xena.
Ganhou casa com quintal na serra (Petrópolis) com caminha para ela num local dentro de casa. Família com criança onde ambas crescerão amigas.

JOHNNY - o malandro e lindo Johnny foi adotado por Carminha e Kleber, eles vieram do Rio a Niteroi conhecê-lo, se gostaram muito e 3 dias depois Johnny seguiu para seu novo lar, uma casa com quintal e amor


PARABÉNS!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Comissão é contra mudança na lei que protege animais domésticos

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais deve encaminhar à Câmara dos Deputados moção de repúdio contra o Projeto de Lei (PL) 4.548/98, que tramita naquela Casa e que propõe excluir do artigo 32 da Lei 9.605, de 1998 (Lei de Crimes Ambientais) a proteção contra crueldade aos animais domésticos e domesticados. Essa foi a proposta sugerida pela presidente da Liga de Prevenção da Crueldade contra os Animais, Edna Cardozo Dias, à Comissão de Direitos Humanos. O presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), acatou a sugestão na audiência pública realizada nesta segunda-feira (30/11/09), que discutiu o assunto a requerimento do deputado.
Além da moção de repúdio, a comissão vai apresentar um projeto de lei de autoria conjunta, para acabar com a matança de animais abandonados pelos departamentos de zoonoses dos municípios, a exemplo de legislação existente em São Paulo. A audiência contou com a contribuição não só dos ativistas dos direitos dos animais, mas de promotores de Justiça, advogados e a atriz Luíza Mell, que, além de ativista, foi apresentadora de um programa de TV sobre casos de crueldade contra animais.
Durval Ângelo defendeu uma visão mais ampla da biosfera. "Não cabe mais a supremacia do homem sobre os demais seres vivos", afirmou. Ele manifestou a esperança de que após o debate, haja uma ampla mobilização para sensibilizar toda a sociedade mineira contra o projeto de lei, de autoria do deputado José Thomaz Nonô, já falecido e desarquivado pelo atual deputado Régis de Oliveira (PSC-SP). Durval Ângelo defendeu uma alteração na Lei de Crimes Ambientais, para torná-la mais restritiva e punitiva.
O consenso entre os participantes da reunião foi de que a eliminação do artigo 32 da Lei 9.605 representa não só um retrocesso na luta contra a crueldade contra animais, mas também uma inconstitucionalidade, já que pelo artigo 225, parágrafos VI e VII da Constituição Federal, os animais domésticos e domesticados também estão incluídos na tutela do estado, junto com os animais silvestres.
O PL 4.548/98 propõe a alteração do artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, para que a expressão "domésticos ou domesticados" seja excluída. Dessa forma, permaneceriam sob a tutela do estado somente os animais silvestres. A justificativa do projeto, de se proteger práticas culturais, esportivas e folclóricas, foi um dos principais alvos de críticas dos participantes da audiência pública.
Ativistas defendem maior rigor da lei
Os participantes da reunião repudiaram principalmente os objetivos do PL 4.548/98, que para eles, trata de proteger os empresários de rodeios, vaquejadas e outras manifestações envolvendo animais. Foram lembradas as lutas contra a crueldade contra animais, desde a tipificação da atividade como contravenção penal até a edição da Constituição Federal e posteriormente a Lei de Crimes Ambientais, que criminalizou a prática.
Segundo o promotor Luciano Badini, chefe da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Minas Gerais, é a lei que está mais em consonância com a Constituição. Ele afirma que o Ministério Público defende a não supressão do artigo, como quer o PL 4.548/98, porque "a Constituição dispôs que o estado é responsável pela proteção à flora e à fauna, não distinguindo entre animais silvestres e domesticados".
A defesa de mais rigor foi feita pelos deputados Durval Ângelo e Délio Malheiros (PV), a exemplo do deputado paulista Feliciano Filho (PV), um dos mais antigos ativistas dos direitos dos animais no País, e autor da Lei 12.916, de 2002 que proibiu o extermínio de animais abandonados pelo poder público em São Paulo. Feliciano entregou uma cópia da lei a Durval Ângelo, informando que o Rio Grande do Sul aproveitou o mesmo texto e já aprovou sua legislação. Mesmo manifestando sua crença na interrupção da tramitação do PL 4.548/98 no Congresso, devido à falta de tempo, o parlamentar paulista disse que a luta deve ser pelo rearquivamento definitivo dele.
A sugestão do professor de Direito José Rubens Costa é de que, além de não excluir a expressão "animais domésticos e domesticados", seja incluída a expressão "matar ilicitamente" (para diferenciar de matar para consumo), já que não há previsão de pena para quem mata o animal, sem os maus-tratos. Ele criticou especialmente o uso de apetrechos conhecidos como silha ou rabicho nos testículos de bois e cavalos de rodeio para deixá-los mais ferozes. Mesmo proibidos por lei, eles continuam a ser usados. O professor acrescentou como sugestão também a tipificação do uso desses apetrechos como crime.
Para o chefe da Delegacia Especializada em Crimes Ambientais da Polícia Civil, delegado Afrânio Lúcio Vasconcelos, a polícia está preocupada com o PL 4.548/98 e solicita que a população denuncie maus-tratos aos animais. "A quem o projeto beneficia: às rinhas de galo, aos donos de circos?", questionou.
Castração é alternativa para diminuir animais abandonados
Outro ponto debatido foi a questão do extermínio dos animais abandonados, prática especialmente criticada pelo deputado paulista Feliciano Filho. Segundo ele, não adianta exterminar, pois a população de animais dobra, com mais oferta de comida. "O que resolve é a castração em massa e a identificação sistemática e compulsória dos animais", disse. Ele aconselhou os ativistas mineiros a lutarem junto às prefeituras para que a prática feita por meio dos departamentos de zoonoses seja abolida.
Outra crítica foi sobre a matança de cães atacados por leishmaniose. Segundo o veterinário Geraldo Sávio Ribeiro, há vacina para a doença e ela funciona. Assim como o deputado paulista, ele disse que o Estado tem como bancar a vacinação contra a doença, assim como faz com a vacinação em massa contra a raiva.
A atriz Luíza Mell arrancou aplausos dos participantes, ao pedir que Minas Gerais pressionasse seus parlamentares a votar contra o PL 4.548/98. "O Brasil não pode passar pelo vexame de ir na contramão do pensamento mundial, que hoje é de reconhecer os direitos dos animais". A também atriz Gabriela Veiga, do grupo O Teatro Mágico, de São Paulo, recomendou o uso da arte para educar e mudar a consciência da população sobre a crueldade contra os animais.
Presenças - Deputados Durval Ângelo (PT), presidente; e Délio Malheiros (PV). Também participaram da reunião o o promotor de Justiça de São José dos Campos, Laerte Levai; Franklin Oliveira, da Secretaria de Meio Ambiente de Belo Horizonte; e o integrante da ONG Gato Preto, Koji Pereira

Fonte: Sentiens Defesa Animal

Alguns fatos sobre a relação da pecuária com o aquecimento global

Destruindo o planeta, um bife por vez!
O consumo de produtos de origem animal contribui com a poluição atmosférica, o desperdício da água, a degradação do solo e o deflorestamento.
Aquecimento Global
A pecuária é reconhecida pela ONU como sendo a principal responsável pela emissão de gases nocivos à atmosfera e que, juntamente com o deflorestamento, favorece o superaquecimento do planeta. Considerando que 18% da maior floresta tropical úmida do mundo já foi destruída, e que a derrubada de árvores na Amazônia para a abertura de novos pastos responde por 80% dessa devastação, o consumidor de carne é o causador um dessa tragédia ambiental. Segundo a ONU, 18% dos gases de efeito estufa são emitidos pela pecuária. Em segundo lugar está o setor de transportes, responsável por 15% das emissões.
Poluição atmosférica
O gado é responsável pela emissão de grande quantidade de gases nocivos à atmosfera: CO2 (dióxido de carbono), gás metano (23 vezes mais nocivo que o CO2), óxido nitroso (296 vezes mais nocivo que o CO2) e amônia (causadora da chuva ácida). Só no Brasil, são mais de 200 milhões de cabeças de gado.

Água
A indústria pecuária contribui com a poluição de lençóis freáticos e o consumo sistemático de milhares de litros de água. São necessários cerca de 9 mil litros de água por quilo de carne, chegando a quase 20 mil litros se considerado todo o processo até chegar à sua mesa.

Solo
A indústria pecuária, somente no Brasil, produz cerca de 200 toneladas de excrementos por segundo. Escoam nos frigoríficos cerca de quatro bilhões (4.000.000.000) de litros de sangue por ano. Os resíduos gerados por um rebanho de 10 mil cabeças de gado equivalem aos de uma cidade de 110 mil habitantes. A amônia produzida na criação de animais é, por si só, a maior fonte de deposição ácida no solo.

Desmatamento
Segundo o secretário de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, “a pecuária é o grande motor de desmatamento da Amazônia”. Com o único propósito de criar pastagens para os animais de corte, 200 km quadrados de florestas tropicais são derrubados todos os anos.

Fome
Anualmente, 465 milhões de toneladas de grãos são destinadas à alimentação de bovinos. Com apenas 2,5% desse volume poderíamos resolver o problema da fome no Brasil, o que afeta 46 milhões de pessoas. Com apenas a metade da ração destinada ao gado, poderia ser resolvido o problema da fome em todo o mundo!

E agora?
Todos os animais têm o direito à vida e à liberdade, livres da exploração humana. Ao tomarmos suas vidas para servirem aos interesses da nossa espécie, confinando-os e privando-os de todas as suas necessidades, desde as mais básicas, estamos destruindo não somente as suas vidas, mas também a nossa própria possibilidade de sobrevivência nesse planeta. A previsão é de que a produção global de carne dobrará até 2050, passando dos 229 milhões de toneladas no período de 1991 a 2001 para 465 milhões de toneladas até 2050. Não faça parte dessa estatística! Deixe de consumir a carne e os outros derivados animais e você estará garantindo a preservação do nosso planeta!
Fonte: Sentiens Defesa Animal